Nos últimos dias, os Estados Unidos enfrentaram os impactos devastadores dos furacões Milton e Helene, que evidenciaram a gravidade da mudança climática como uma ameaça existencial. Cientistas afirmam que a força crescente desses fenômenos meteorológicos está diretamente relacionada ao aquecimento rápido dos oceanos, resultando em destruições severas, como as vistas na Flórida e na Carolina do Norte. O furacão Helene, em particular, causou a morte de mais de 230 pessoas, sublinhando a urgência de tratar a mudança climática como um problema de segurança nacional, uma visão que o Pentágono já começou a adotar em suas avaliações de ameaças.
Historicamente, a noção de segurança nacional nos Estados Unidos evoluiu, passando de uma preocupação exclusiva com ameaças externas, como o terrorismo, para uma perspectiva mais abrangente que inclui crises internas, como a mudança climática e pandemias. O presidente Franklin Delano Roosevelt já defendia uma visão mais holística de segurança, que englobava a proteção das vidas dos cidadãos e a garantia de condições econômicas saudáveis. No entanto, após a Guerra Fria, a segurança nacional foi frequentemente reduzida a um conceito que prioriza a defesa contra ataques de inimigos.
Diante da realidade atual, é crucial que os formuladores de políticas reconsiderem o que significa realmente segurança nacional. Além da mudança climática, a pandemia de Covid-19 ressaltou a vulnerabilidade dos Estados Unidos frente a ameaças sanitárias, com um número de mortes similar ao total das guerras desde a Revolução Americana. Com os efeitos das recentes tempestades ainda frescos na memória, a discussão sobre a reavaliação de prioridades e estratégias de segurança nacional se torna cada vez mais necessária, enfatizando a importância de um planejamento efetivo para mitigar riscos futuros e proteger a população.