A Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) iniciou uma investigação sobre a nomeação de um novo diretor de promoção de mídias sociais, que afirmou ser formado em Direito. A situação veio à tona após uma denúncia que alegava que o candidato teria mentido à Justiça Eleitoral ao declarar ter um diploma da Pontifícia Universidade Católica de Goiás (PUC-GO). A alegação de falsidade ideológica foi formalizada por um adversário político, levando a uma apuração que deve ser concluída em 30 dias.
A universidade respondeu à solicitação do Ministério Público Eleitoral, confirmando que o candidato nunca completou o curso de Direito e que sua matrícula foi desativada em 2013. Além disso, a PUC-GO informou que ele não solicitou transferência para outra instituição e que nunca recebeu diploma em Direito. A ausência de um diploma válido levanta questões sobre a legitimidade da nomeação, que exige nível superior completo.
Durante um debate, o candidato reconheceu que houve um erro na declaração à Justiça Eleitoral, mas reafirmou que sempre deixou claro que não colou grau. Em uma entrevista anterior, no entanto, ele se referiu à PUC-GO como sua universidade e disse que estava “muito feliz” por ter se formado lá. A situação ilustra a complexidade das exigências legais para ocupações públicas e o impacto que a veracidade das informações pode ter em processos eleitorais.