As eleições presidenciais nos Estados Unidos, marcadas para novembro, podem provocar mudanças significativas nas políticas que impactam o mercado brasileiro, especialmente em setores como commodities, energias renováveis e mineração. De acordo com a XP Investimentos, embora o Brasil não esteja no centro das agendas de política externa dos candidatos, os resultados das eleições podem abrir oportunidades para ações brasileiras, dependendo do vencedor. O Morgan Stanley destaca que a dinâmica econômica pode se deslocar do México para o Brasil, com possíveis reflexos na taxa de câmbio e uma maior incerteza no cenário econômico nacional.
Caso Kamala Harris seja eleita, há expectativas de que setores brasileiros ligados a minerais críticos e investimentos sustentáveis se beneficiem, uma vez que ela provavelmente continuará as políticas ambientais de Joe Biden. Analistas apontam que empresas como Vale, Suzano e WEG podem ver um aumento na demanda por seus produtos devido a investimentos em energias limpas e sustentabilidade. Harris também tende a priorizar investimentos em infraestrutura, o que poderia atrair mais interesse de investidores para mercados emergentes, como o Brasil, apesar de suas propostas de aumento de impostos sobre grandes empresas.
Por outro lado, uma possível vitória de Donald Trump pode beneficiar setores de exportação, como o agronegócio, que já teve um desempenho positivo durante sua presidência anterior. No entanto, sua abordagem protecionista pode gerar incertezas e pressões nas relações comerciais com os EUA, impactando a economia brasileira de forma negativa. Setores como o de mineração e empresas como Gerdau e Braskem podem encontrar oportunidades, mas também enfrentar desafios, dependendo das políticas comerciais que Trump poderá implementar.