O terceiro capítulo da série do Jornal Nacional explora como o aumento do custo de vida nos Estados Unidos tem dificultado a realização do sonho americano para as novas gerações. Com o impacto da inflação, muitos jovens sentem que suas condições de vida não são tão boas quanto as de seus pais, sendo a capacidade de adquirir uma casa ou pagar a faculdade cada vez mais distante. As vozes de eleitores em eventos políticos revelam uma insatisfação crescente em relação ao custo de vida, com relatos de que ir ao supermercado agora é tão caro quanto comer fora.
A trajetória de Bob Atwell, que começou sem recursos e hoje é proprietário de um banco, ilustra a mudança na percepção do sonho americano. Nos anos 1990, ele conseguiu comprar uma casa e pagar a faculdade com valores acessíveis. No entanto, o cenário atual mostra que o mesmo acesso à educação e à moradia se tornou muito mais difícil. Os custos universitários dispararam, e o salário médio na região não acompanhou a inflação, exigindo que um casal ganhasse significativamente mais para manter o mesmo padrão de vida que Atwell teve em sua juventude.
Esse descompasso entre expectativas e realidade gerou crises sociais, refletindo a perda de esperança entre os americanos. O economista Eduardo Giannetti aponta que a promessa implícita de que cada geração viveria melhor do que a anterior não se concretizou, levando a um aumento nos índices de problemas relacionados a vícios e saúde mental. Embora os americanos ainda sejam considerados ricos em comparação a outras nações, a sensação de estagnação e a dificuldade em alcançar o sonho americano têm se intensificado, afetando a moral e a perspectiva de futuro das novas gerações.