A indústria de transformação brasileira melhorou sua posição no ranking mundial de crescimento da produção, alcançando a 40ª posição entre 116 países, com um crescimento de 2,9% no segundo trimestre de 2024 em relação ao ano anterior. Essa ascensão se deve, em parte, ao impacto defasado da redução da taxa básica de juros, que facilitou o acesso ao crédito e incentivou o consumo de bens duráveis. Outras variáveis, como o aumento real dos salários e programas sociais, também contribuíram para o desempenho positivo do setor.
Além disso, o Brasil se destacou em comparação a outros países latino-americanos e até a economias desenvolvidas, superando o Chile, México e Estados Unidos em termos de crescimento industrial. A produção industrial argentina teve uma queda acentuada, e o Brasil conseguiu um crescimento que contrasta com a diminuição da produção em nações como Reino Unido e Japão. Esses resultados refletem não apenas uma recuperação da indústria, mas também uma demanda crescente por bens industriais, impulsionada por transferências governamentais e um aumento no emprego.
Entretanto, especialistas alertam para os riscos associados ao novo ciclo de alta nas taxas de juros e às barreiras comerciais que podem afetar a competitividade dos produtos brasileiros. Apesar dessas preocupações, as expectativas para 2024 permanecem positivas, com a indústria de transformação projetada para contribuir significativamente para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do país. A combinação de fatores favoráveis e desafios emergentes sinaliza um cenário complexo, mas otimista para a economia brasileira.