Os spreads de aves no Brasil permaneceram estáveis, enquanto nos Estados Unidos começaram a desacelerar, indicando que as margens podem ter atingido seu pico no terceiro trimestre de 2024, conforme análise do Bradesco BBI. Apesar disso, o cenário geral continua positivo, com restrições de oferta previstas para evitar uma desaceleração mais acentuada. A expectativa é que os resultados no terceiro trimestre sejam robustos, sustentados por margens sólidas devido a limitações genéticas na oferta de aves, embora se preveja uma desaceleração no quarto trimestre.
No segmento da carne bovina, os preços elevados do boi no Brasil resultaram em uma contração nos spreads, mesmo após melhoras nos últimos meses, enquanto nos Estados Unidos, esses spreads mantiveram-se estáveis em níveis baixos. Em relação à carne suína, os spreads não apresentaram melhora em setembro, mas continuaram sólidos. A expectativa é de que os números do terceiro trimestre levem a um desempenho financeiro forte para os frigoríficos, apesar da queda nos spreads da carne bovina devido aos preços altos do gado.
Os bancos de investimento continuam otimistas em relação à JBS, destacando as perspectivas de lucro impulsionadas pelas margens altas nas proteínas aves e suínos, além da previsão de expansão de margens para empresas do setor. A demanda interna deve se fortalecer nos próximos meses, refletindo em aumentos de preços, especialmente para carne suína e boi gordo. As exportações de carne bovina e frango em setembro alcançaram recordes, evidenciando uma recuperação significativa, principalmente em mercados do Sudeste Asiático e Angola, o que reforça a expectativa de resultados positivos para o setor.