O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, destacou que a principal preocupação para o Brasil e outros mercados emergentes não é o crescimento econômico imediato da China, mas sim seu ritmo de crescimento estrutural a médio e longo prazo. Durante uma entrevista à CNBC, ele ressaltou que o modelo de exportação da China, especialmente no que diz respeito à eletrificação, enfrenta resistência de diversos países, que estão implementando tarifas e medidas contra produtos chineses.
Campos Neto enfatizou que essa resistência pode impactar negativamente o crescimento econômico da China nos próximos anos, levantando dúvidas sobre o futuro econômico do país. Ele afirmou que a dinâmica de como a China lida com essas barreiras comerciais será crucial para a sua trajetória de crescimento e, por consequência, para os países emergentes que dependem de suas exportações.
Além disso, o presidente do Banco Central considerou que os pacotes de estímulo discutidos para a economia chinesa são adequados para resolver problemas de curto prazo. Contudo, ele enfatizou que o crescimento estrutural da China é de suma importância para nações emergentes, como o Brasil, que precisam estar atentas a essas mudanças para ajustar suas estratégias econômicas.