O presidente do Banco Central destacou a relevância da independência da autoridade monetária em uma recente entrevista. Ele enfatizou que separar o ciclo de política monetária do ciclo político é fundamental para fortalecer a credibilidade das instituições, o que, por sua vez, reduz o prêmio de risco e melhora a eficácia das demais políticas econômicas. Esse fortalecimento da credibilidade é visto como essencial para a estabilidade financeira do país.
Durante a entrevista, o presidente do Banco Central mencionou a autonomia da instituição, ressaltando que a elevação da taxa Selic durante um ano eleitoral foi uma demonstração clara dessa independência. Ele afirmou que tal aumento foi o maior registrado em mercados emergentes e só foi possível devido à autonomia que o Banco Central conquistou, permitindo-lhe agir de forma independente nas questões eleitorais.
Quando questionado sobre a imparcialidade de sua gestão, o presidente destacou a diferença entre proximidade e dependência em relação a políticos. Ele argumentou que a comunicação próxima com legisladores é necessária para aprovar projetos relevantes, mas isso não compromete sua autonomia. Essa distinção é vista como crucial para garantir que a política monetária do país continue a operar de maneira eficaz, independentemente das influências políticas.