Desde sua eleição em 2020, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, tem buscado restaurar as relações com os aliados europeus, que foram deterioradas durante o governo anterior. A experiência política de Biden, acumulada ao longo de cinco décadas, o levou a enfatizar a relevância da aliança transatlântica para a manutenção do status global da América. Em contraste, o governo de Donald Trump adotou uma postura isolacionista, o que gerou tensão nas relações com a Europa, enquanto a liderança da chanceler alemã Angela Merkel ajudou a manter a unidade europeia.
Com a saída de Merkel e a ascensão de Olaf Scholz, a Europa enfrenta um novo cenário de incertezas. A visita recente de Biden a Berlim, que incluiu encontros com líderes europeus, teve como foco a Ucrânia e possíveis intervenções no Oriente Médio. Contudo, a expectativa é de que essa seja a última visita de Biden à Europa antes das eleições americanas, o que deixa em aberto a continuidade da política externa americana e o futuro da aliança transatlântica.
As próximas eleições nos EUA, programadas para 5 de novembro, trazem dúvidas sobre o cenário político, uma vez que a possibilidade de retorno de Trump ao poder pode significar uma nova era de tensão nas relações com a Europa. Se Biden for reeleito, sua vice, Kamala Harris, poderá introduzir mudanças significativas na política externa americana, refletindo novos valores e uma abordagem renovada. Assim, os líderes europeus se encontram em um momento decisivo, observando atentamente a apuração dos votos, que pode redefinir as dinâmicas de poder no continente e além.