A prolongada estiagem na região de Ribeirão Preto, SP, tem causado um atraso no ciclo das cigarras, levando os insetos a permanecerem mais tempo sob a terra em busca de umidade. Este comportamento impacta diretamente a reprodução da espécie, uma vez que o canto dos machos, que serve para atrair as fêmeas, é reduzido. Segundo especialistas, a ausência de chuvas está afetando o momento em que as cigarras emergem do solo, atrasando o início de seu ciclo reprodutivo e comprometendo a população desses insetos.
Além dos impactos sobre as cigarras, a situação também traz prejuízos significativos para as lavouras de café na região. Produtores relatam que a demora na saída das cigarras do solo está diretamente relacionada à sua alimentação na seiva das plantas, o que resulta em queda de produtividade. Os agricultores enfrentam um aumento nos custos de manejo e perdas na colheita, devido à maior propagação dos insetos, considerados pragas do cafeeiro.
Os produtores e os especialistas na área compartilham a esperança de que as chuvas possam aliviar a situação. A água não só beneficia a reprodução das cigarras, mas também pode ajudar a mitigar os danos nas lavouras de café, proporcionando um cenário mais favorável tanto para a agricultura quanto para o ciclo de vida desses insetos.