Apenas cerca de 25% do fundo do oceano foi mapeado com um nível de detalhe significativo, o que levanta a questão de nosso conhecimento em comparação ao espaço. A afirmação de que sabemos mais sobre a superfície lunar do que sobre as profundezas marinhas surgiu na década de 1950 e continua relevante hoje. Enquanto cientistas conseguiram mapear extensas áreas da Lua em alta resolução, a exploração oceânica ainda carece de recursos e tecnologia adequados.
Um dos fatores que contribui para essa percepção de maior conhecimento sobre o espaço é o financiamento. Nos Estados Unidos, por exemplo, o orçamento da NASA para 2024 é de quase 24 bilhões de dólares, contrastando com a quantia significativamente menor destinada à exploração dos oceanos. Essa discrepância financeira destaca o foco e os investimentos desiguais entre as duas áreas de pesquisa, influenciando a quantidade de informação disponível sobre cada uma.
Além disso, em relação à vida marinha, estima-se que mais de 90% das espécies ainda não tenham sido descobertas, enquanto no espaço nenhuma forma de vida foi encontrada até o momento. Comparar o universo e o oceano é, portanto, uma analogia complexa, semelhante a comparar maçãs com laranjas, e tanto os oceanos quanto o espaço ainda guardam muitos mistérios a serem explorados.