O mercado financeiro aguarda com expectativa a coletiva de imprensa convocada pelo Ministério de Finanças da China, programada para o dia 12. De acordo com a análise da consultoria Capital Economics, a meta de crescimento do país, estabelecida em cerca de 5,0% para 2024, é considerada alcançável. No entanto, para evitar uma desaceleração econômica no próximo ano, é crucial que haja um aumento significativo em novos empréstimos, com a liderança do governo central, para estimular o consumo.
A consultoria ressalta que um pacote fiscal eficaz pode ser anunciado durante a coletiva, o que exigiria a emissão de títulos soberanos e a permissão para que os governos locais utilizem seus títulos especiais de maneira inovadora. Essas ações têm o potencial de desbloquear gastos adicionais e proporcionar um suporte temporário à economia. Contudo, a Capital Economics também aponta que apenas injeções de capital não serão suficientes para elevar o crescimento dos empréstimos, uma vez que a demanda interna continua fraca.
Para assegurar um crescimento sustentável, será necessária uma reorientação nas prioridades do governo chinês. A análise sugere que, para manter o crescimento na meta prevista, será indispensável um pacote fiscal ainda mais robusto, incluindo uma expansão adicional de 1,5% do PIB do déficit orçamentário. Mesmo com essas medidas, a consultoria adverte que o suporte à economia seria apenas temporário, indicando a necessidade de uma abordagem mais fundamental para a recuperação econômica a longo prazo.