O diretor de Política Monetária do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou que a economia brasileira demonstra características distintas em relação a outras economias globais, não apresentando sinais de desaceleração. Em sua análise, ele menciona o contexto econômico internacional, onde países como Japão e China estão enfrentando desafios, ao contrário do Brasil, que apresenta dados positivos, como a taxa de desemprego na mínima histórica e um aumento de 12% na renda desde o início de 2023.
Galípolo enfatiza que a indústria brasileira está operando em níveis máximos de capacidade instalada nos últimos 11 anos, enquanto o setor de serviços também se encontra em patamares elevados. Segundo ele, essa combinação de fatores indica que a economia está em uma fase de crescimento vigoroso, o que, embora positivo, exige vigilância do Banco Central em relação à inflação. Ele alerta que isso pode resultar em um processo de desinflação mais lento e custoso.
Por fim, Galípolo afirma que, dada a situação, cabe ao Banco Central adotar uma postura conservadora em relação à taxa de juros, para garantir que as metas inflacionárias sejam alcançadas. A instituição deve, portanto, monitorar cuidadosamente os desenvolvimentos econômicos e ajustar suas políticas para responder de forma adequada a essas dinâmicas.