O evento GeriatRio 2024 destacou a diversidade na velhice, abordando as diferentes realidades enfrentadas por idosos no Brasil, especialmente aqueles que vivem em favelas e pertencem à população negra e LGBTQIAP+. A geriatra Livia Coelho apresentou um panorama sobre como a vida nas favelas, onde muitos idosos dependem da aposentadoria familiar em meio a cenários de fome e abusos, é marcada por uma série de violências, incluindo negligência institucional e falta de acesso a serviços de saúde.
Ana Paula Procópio da Silva, diretora da Faculdade de Serviço Social da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, ressaltou as disparidades raciais na população idosa. Apesar de 55,6% dos brasileiros serem negros, apenas 48% dos idosos pertencem a essa população, evidenciando um envelhecimento desproporcionalmente branco. Essa iniquidade se reflete nas condições de saúde e na vulnerabilidade da população negra.
A apresentação de Sarah Wagner York, uma figura proeminente nos direitos da população LGBTQIAP+, trouxe à tona questões sobre preconceito e violência enfrentadas por pessoas trans. Sua trajetória de vida, marcada por desafios e resiliência, ilustra as dificuldades enfrentadas por indivíduos marginalizados. O evento, ao promover essas vozes e realidades, buscou sensibilizar a sociedade sobre a complexidade do envelhecimento e a necessidade de políticas inclusivas que respeitem a diversidade.