A corrida eleitoral nos Estados Unidos se concentra em Michigan, um estado-pêndulo crucial com 15 votos no colégio eleitoral. A importância desse estado é ressaltada por analistas, especialmente após sua volatilidade nas últimas eleições. Em 2016, Donald Trump venceu Hillary Clinton por uma margem estreita, enquanto Joe Biden recuperou Michigan em 2020 com uma vantagem maior, refletindo a mudança nas preferências do eleitorado local.
Michigan apresenta uma demografia e uma economia complexas, características que complicam a disputa por votos. A indústria automobilística é uma parte significativa da economia do estado, e a cidade de Detroit, em particular, tem enfrentado desafios devido à globalização, resultando em uma diminuição do apoio aos democratas. Além disso, Michigan abriga a maior população árabe e muçulmana dos EUA, o que coloca a vice-presidente em uma situação delicada, especialmente em relação às críticas do governo Biden à postura de Israel em relação à Faixa de Gaza.
Com a proximidade das eleições de 5 de novembro, tanto republicanos quanto democratas intensificam suas campanhas para conquistar votos decisivos em Michigan. A estratégia de Trump, que tem gerado confusão entre os moradores locais, e a postura do governo Biden em relação ao eleitorado árabe e muçulmano, evidenciam a complexidade da eleição americana. A disputa em Michigan não apenas influencia o resultado das eleições, mas também reflete as tensões e dinâmicas que caracterizam o cenário político do país.