O senador Beto Martins destacou, em seu pronunciamento, a grave situação dos portos brasileiros, classificando-os como colapsados. Ele apontou que, apesar do aumento da capacidade de produção do Brasil, que pode chegar a 20 milhões de toneladas anuais, a logística portuária não está preparada para atender a essa demanda. O senador citou como exemplo os portos de Santos e Paranaguá, onde a espera para atracação de navios pode ultrapassar 60 dias, gerando custos significativos para as exportações.
Martins ressaltou que o custo diário de um navio parado é, em média, de US$ 30 mil, resultando em despesas que podem chegar a US$ 1,8 milhão após um longo período de espera. Ele enfatizou que o crescimento da produção agrícola e o fortalecimento da indústria brasileira dependem de uma logística eficiente, essencial para a competitividade do país no mercado internacional.
Além disso, o senador sublinhou a importância do setor logístico de Santa Catarina para o restante do Brasil, mencionando que o estado abriga o maior complexo portuário do país, com cinco portos. Ele observou que 55% da carga movimentada não tem origem ou destino no estado, evidenciando o papel estratégico de Santa Catarina no abastecimento de indústrias e na exportação de produtos agrícolas, que precisam ser transportados por rotas que frequentemente não são adequadas para o aumento da capacidade produtiva nacional.