A intensificação do bloqueio israelense no norte da Faixa de Gaza tem causado uma grave crise humanitária, resultando na falta de água, comida e assistência médica para a população. A Agência para Refugiados Palestinos das Nações Unidas (UNRWA) informou que as operações humanitárias estão sendo impedidas, com bombardeios incessantes por parte de Israel durante as últimas três semanas. Philippe Lazzarini, chefe da UNRWA, destacou a desesperadora situação, onde os habitantes se sentem abandonados e em constante temor pela vida.
O impacto do conflito também se reflete nas instituições de saúde, com o Escritório da ONU para Assuntos Humanitários denunciando ataques a hospitais no norte da região. A escassez de suprimentos e o aumento da pressão para evacuar essas unidades de saúde resultaram em mortes de pacientes e em uma grave crise médica. Apesar das apelações para que a ajuda humanitária seja permitida, a situação permanece crítica, com relatos de corpos deixados nas ruas e a impossibilidade de resgatar feridos sob os escombros.
Enquanto isso, as forças israelenses continuam suas operações em busca de militantes, alegando que algumas instalações médicas estão sendo usadas para atividades militares. Autoridades locais defendem a necessidade de ações em resposta à violência, ao mesmo tempo que a comunidade internacional expressa preocupação com o sofrimento humano e a devastação causada pelo conflito. A demanda por uma trégua imediata e o acesso humanitário à região torna-se cada vez mais urgente, à medida que a situação se deteriora.