O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, enfatizou a relevância do apoio chinês para a continuidade das ações da Rússia na Ucrânia, destacando que a China é a principal fornecedora de equipamentos e componentes eletrônicos para o país. Kurt Campbell, vice-secretário de Estado, acrescentou que a Rússia tem retribuído essa ajuda ao fornecer submarinos e mísseis à China, enquanto o Irã contribui com mísseis balísticos. As interações entre esses países têm se intensificado, revelando um transacionalismo estratégico que envolve acordos bilaterais, com o Irã e a Coreia do Norte enviando armamentos para a Rússia, que os utiliza contra as defesas aéreas ucranianas.
Além da troca de armamentos, a cooperação em tecnologia militar entre China, Irã, Coreia do Norte e Rússia está em ascensão. A Ucrânia serve como um campo de testes para o Irã, que analisa a eficácia de suas armas em combate, enquanto a Rússia compartilha conhecimentos sobre técnicas de bloqueio de sinais de controle de drones. As colaborações se estendem também a submarinos e mísseis, com a Rússia contribuindo para o desenvolvimento do programa espacial iraniano, evidenciando uma crescente interdependência entre essas nações.
Entretanto, apesar das limitações de cooperação devido à desconfiança mútua e à necessidade de manter uma fachada de neutralidade, o alinhamento crescente entre esses países representa um desafio significativo para o Ocidente. As forças armadas dos EUA enfrentam dificuldades geradas pela escassez de recursos, o que pode impactar a eficácia de suas armamentos. A distração proporcionada por essa aliança pode aumentar os desafios que essas nações representam, tanto individualmente quanto em conjunto, exigindo uma reavaliação das estratégias ocidentais.