Em outubro, a confiança do consumidor recuou 0,7 ponto, atingindo 93,0 pontos, conforme indicado pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Esse movimento ocorre após quatro meses de alta e reflete uma acomodação nas expectativas para os próximos meses. Embora o indicador que mede a percepção corrente sobre a economia tenha registrado uma leve alta, a maioria dos outros componentes do índice apresentou queda, evidenciando um desânimo geral, especialmente entre os consumidores com rendimentos mais baixos.
O Índice de Expectativas (IE) caiu 2,5 pontos, para 99,7 pontos, enquanto o Índice de Situação Atual (ISA) avançou 2 pontos, alcançando 83,7 pontos, o que representa o maior nível desde dezembro de 2014. A maior contribuição negativa para a confiança veio das perspectivas financeiras futuras das famílias, que diminuíram 2,8 pontos, sinalizando um otimismo reduzido em relação à economia. Apenas a faixa de renda entre R$ 2.100,01 e R$ 4.800,00 se destacou com um aumento na confiança, enquanto as demais registraram quedas.
Entre as faixas de renda familiar, apenas uma apresentou melhora na confiança em outubro. As famílias com rendimentos até R$ 2.100,00 observaram uma queda de 1,5 ponto, enquanto aquelas com renda de R$ 2.100,01 a R$ 4.800,00 tiveram um aumento de 2,1 pontos. Em contraste, as famílias com renda entre R$ 4.800,01 e R$ 9.600,00 e acima de R$ 9.600,01 registraram quedas significativas. A pesquisa foi realizada entre 1º e 22 de outubro, indicando um panorama de incertezas no consumo.