O Líbano, uma nação com um rico passado multicultural, foi moldado por ondas de imigração, incluindo uma significativa diáspora árabe que influenciou a sociedade brasileira. Historicamente, o país se destacou por sua diversidade religiosa, estabelecendo um sistema político que buscava equilibrar o poder entre diferentes grupos. O Pacto Nacional de 1943 definiu as funções políticas principais com base em proporções religiosas, um reflexo da demografia da época. Contudo, essa configuração enfrentou desafios à medida que a população muçulmana crescia, alterando a dinâmica política.
O conflito israelo-palestino e a guerra civil de 1975 a 1990 foram marcos que devastaram o Líbano, resultando em milhares de mortos e um exército fragmentado. A entrada de grupos radicais e a ocupação síria complicaram ainda mais a situação, com o Hezbollah emergindo como uma força influente no sul do país. A nação, que um dia foi vista como o “Paris do Oriente Médio”, começou a desmoronar sob a pressão de conflitos internos e externos, deixando um legado de instabilidade política e econômica.
Atualmente, o Líbano enfrenta uma nova crise, exacerbada por tensões regionais e uma população desiludida. Com o país à beira do colapso em várias frentes, a possibilidade de um futuro mais estável permanece incerta. O impacto de conflitos recentes e a crescente emigração da população indicam que o Líbano pode estar à beira de uma nova transformação, que poderá afetar permanentemente sua estrutura social e política.