A saída de Israel do Líbano em 2000 deixou um governo fraco e instável, permitindo que o Hezbollah, apoiado pelo Irã, se firmasse no sul do país. As incursões israelenses de 1978 e 1982, em meio à guerra civil libanesa, são vistas como momentos cruciais para o surgimento do grupo. Inspirados pelo governo teocrático iraniano, combatentes xiitas começaram a se organizar para resistir à ocupação israelense, levando à formação oficial do Hezbollah em 1985, com a destruição de Israel como um de seus objetivos centrais.
O Hezbollah não apenas se fortaleceu militarmente, tornando-se a principal força militar no Líbano, mas também ganhou influência significativa no sistema político do país. Após o término da guerra civil em 1990, o grupo começou a participar ativamente da política libanesa, conquistando assentos no parlamento e reformulando sua abordagem política, embora mantendo sua oposição ao Estado israelense e aos Estados Unidos.
Desde o último grande confronto com Israel em 2006, o Hezbollah tem expandido seu arsenal e recrutado novos combatentes. As tensões continuam a aumentar entre Israel, Irã e o Hezbollah, especialmente com as recentes incursões militares israelenses, reavivando debates sobre o histórico de conflitos na região e suas complexas dinâmicas políticas e sociais.