O governo da Argentina, sob a liderança do presidente Javier Milei, tem promovido reformas significativas para tornar o setor público mais eficiente e estimular um setor privado mais dinâmico. Em um artigo assinado por Ilan Goldfajn, presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), é destacado que, em apenas sete meses, a administração conseguiu transformar um déficit primário de 2,9% do PIB em um superávit de 1,5% do PIB, utilizando medidas como cortes em subsídios e gastos públicos, além de aumentos em tarifas de serviços.
Goldfajn enfatiza a importância de continuar a melhorar a eficiência dos gastos públicos, redirecionando recursos para apoiar os cidadãos mais vulneráveis. Para ele, o fortalecimento das contas públicas e a promoção de uma macroeconomia estável são fundamentais, mas o verdadeiro objetivo é criar oportunidades de emprego e garantir um crescimento inclusivo. Nesse contexto, a colaboração entre um setor público comprometido e um setor privado ativo pode gerar mudanças significativas.
Além disso, o artigo aponta que a Argentina possui vantagens estratégicas no cenário global, como ser um dos principais exportadores de produtos agrícolas e ter grandes reservas de lítio, essencial para a transição energética. O BID está colaborando com o país, oferecendo financiamento para mais de 20 projetos do setor privado, totalizando US$ 1,4 bilhão. A conclusão do artigo sugere que a combinação de um setor público eficiente, regulamentações simplificadas e uma proteção social robusta pode criar um ciclo virtuoso de crescimento sustentável e inclusivo na Argentina.