O conceito de felicidade tóxica se refere à pressão constante para se sentir feliz, ignorando as emoções negativas que fazem parte da experiência humana. Especialistas, como o psicólogo Daniel Gontijo, destacam que essa expectativa irreal de felicidade pode levar a uma diminuição do bem-estar individual, especialmente em sociedades onde a felicidade coletiva é valorizada. Essa pressão é frequentemente exacerbada pelas redes sociais, que promovem uma imagem distorcida da realidade, onde apenas momentos felizes são compartilhados, dificultando a aceitação de sentimentos como tristeza e frustração.
A busca incessante pela felicidade pode resultar em um estado emocional prejudicial, onde as pessoas se sentem culpadas por expressar suas emoções negativas. A neurocientista Maryana com Y ressalta que emoções como a tristeza e a raiva são naturais e têm um papel importante na vida, sinalizando a necessidade de reflexão e autoconhecimento. Ignorar esses sentimentos pode levar a uma pressão sufocante e à criação de um ciclo de insatisfação e autojulgamento.
Além disso, a influência de figuras públicas e gurus que promovem uma visão distorcida do bem-estar contribui para a disseminação da felicidade tóxica. Essas pessoas frequentemente oferecem soluções simplistas para problemas complexos, desconsiderando a realidade das fragilidades humanas. Os especialistas alertam que é essencial reconhecer e lidar com as emoções negativas de forma saudável, e em casos de tristeza persistente, buscar ajuda profissional não deve ser visto como uma fraqueza, mas como um passo importante para a manutenção do bem-estar emocional.