A Enel, em seu último relatório, informou que cerca de 220 mil endereços na Grande São Paulo ainda enfrentam problemas de fornecimento de energia, 96 horas após uma tempestade severa que atingiu a região. Na capital, são aproximadamente 147 mil locais sem eletricidade, além de 5 mil em São Bernardo do Campo e 6,5 mil em Diadema. A tempestade, que ocorreu na noite de sexta-feira (11), trouxe ventos superiores a 100 km/h, resultando em alagamentos e danos significativos. Mais de 2,1 milhões de usuários ficaram sem energia no pico da situação.
A administração municipal de São Paulo pressionou a Enel para restabelecer rapidamente o fornecimento de energia nas áreas afetadas. A prefeitura ameaçou entrar com ações judiciais caso a companhia não cumpra a demanda, estabelecendo uma multa diária de R$ 200 mil até que a situação seja regularizada. Em resposta, a Enel está mobilizando equipes adicionais, incluindo técnicos do Rio de Janeiro e do Ceará, para auxiliar no restabelecimento dos serviços.
Em meio a esse cenário de crise, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs mudanças nos contratos de concessão das distribuidoras de energia no Brasil. As novas diretrizes, que afetarão 19 empresas que atendem mais de 65% do mercado, estipulam que as distribuidoras devem resolver disputas judiciais com a União e a Aneel antes de renovar suas concessões, um movimento que visa a estabilidade e a melhoria no setor energético nacional.