O serviço da rede social X voltou a estar parcialmente acessível no Brasil no dia 18 de setembro, após ter sido suspenso pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no final de agosto. A recuperação do acesso ocorreu devido a um problema técnico relacionado a uma mudança de provedor de rede, que fez com que o X utilizasse endereços de IP da Cloudflare. Essa alteração permitiu que alguns usuários conseguissem acessar a plataforma, driblando as restrições impostas pelos operadores de telefonia.
De acordo com a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint), a nova configuração de servidores com IPs dinâmicos tornou mais difícil para as operadoras bloquearem o acesso ao X. Antes, o sistema utilizava IPs específicos, que eram passíveis de bloqueio. Com a mudança, relatos indicam que usuários conseguiram acessar e publicar no X tanto via Wi-Fi quanto por redes móveis, sem a necessidade de utilizar VPNs.
O X foi suspenso após descumprir ordens judiciais, incluindo a determinação de estabelecer um representante legal no Brasil. Após o bloqueio, o ministro responsável pela decisão também determinou o bloqueio das contas de outra empresa vinculada, a fim de garantir o pagamento de multas. A situação continua em evolução, com as operadoras aguardando diretrizes da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre como proceder diante das mudanças no acesso à plataforma.