Woody Allen, em seu 50º filme, “Golpe de Sorte em Paris”, apresenta seu primeiro trabalho em francês, que pode marcar o final de sua carreira cinematográfica. Em uma entrevista, o diretor de 88 anos expressa satisfação com sua trajetória, mas revela um cansaço com o processo de captação de recursos para novos projetos, indicando que essa dificuldade não está relacionada a acusações pessoais. A trama do filme gira em torno de dois amigos de faculdade que se reencontram, envolvendo-se em um assassinato, mantendo o estilo característico de Allen.
Durante a conversa, Woody menciona a complexidade de financiar produções independentes atualmente, observando que é mais lucrativo para investidores apostar em grandes produções. Ele também reflete sobre sua abordagem criativa, enfatizando que suas ideias não são guiadas por questões de diversidade ou relevância política, mas por sua essência narrativa. Allen compartilha que tem novas ideias para roteiros, mas a realização dependerá do local de financiamento, que influenciará a natureza da história.
Por fim, Woody Allen discute a sorte em sua vida, afirmando que sempre se sentiu no lugar certo e na hora certa. Ele demonstra estar em paz com a possibilidade de encerrar sua carreira no cinema, embora esteja aberto a novos projetos se o financiamento surgir. O diretor também menciona que seu senso de humor diminuiu com o tempo, mas ainda encontra alegria em obras clássicas e na comédia de escritores que admira.