O cenário atual para a São Martinho (SMTO3) apresenta opiniões divergentes entre bancos de investimento. O Morgan Stanley adota uma perspectiva negativa, considerando a ação como um ativo amargo e recomendando a venda, influenciado pela pressão sobre os preços do açúcar. Em contrapartida, o JPMorgan vê a São Martinho de forma otimista, destacando a potencial valorização da empresa devido a uma expectativa de aumento nos preços do açúcar e etanol, além de avaliar que o pior já teria passado em relação aos recentes desafios enfrentados.
O JPMorgan argumenta que o preço do açúcar deve se recuperar, apoiado por uma colheita brasileira menor do que o esperado, o que contribui para um déficit global significativo na commodity. As projeções do banco para os preços futuros do açúcar são 23% superiores ao consenso do mercado para 2025/26, enquanto o Morgan Stanley prevê um superávit, indicando um cenário mais desafiador para os preços. Além disso, o JPMorgan acredita que a combinação de uma avaliação atraente e um fluxo de notícias limitadas de impacto negativo reforça sua visão favorável sobre a empresa.
A análise também menciona que, apesar de uma revisão para baixo do preço-alvo das ações, de R$ 38 para R$ 35, ainda há um potencial de alta de 30%. Embora os incêndios recentes nas instalações tenham gerado custos adicionais e mudanças na mistura de produção, os analistas consideram que esses fatores já estão refletidos nas avaliações. O aumento nos gastos de capital previsto pela empresa também é um ponto de atenção, mas ainda assim não altera a perspectiva positiva do JPMorgan em relação à São Martinho.