A ministra da Saúde, Nísia Trindade, descreveu o vício em apostas online como uma pandemia que necessita de atenção urgente e ações rigorosas. Em sua declaração, ela comparou essa situação à luta contra o tabagismo, enfatizando a importância de uma regulamentação mais efetiva e controle sobre essas atividades. Nísia mencionou a formação de um grupo de trabalho voltado para desenvolver estratégias que enfrentem o problema, que tem trazido sérias consequências, incluindo questões de saúde mental e endividamento, especialmente entre os jovens.
Dados recentes do Banco Central revelaram que beneficiários do Bolsa Família transferiram cerca de R$ 3 bilhões para plataformas de apostas em agosto, acendendo um alerta sobre a vulnerabilidade financeira de alguns cidadãos. Esse cenário sugere que muitos estão sendo atraídos por promessas de ganhos fáceis, o que pode exacerbar seus problemas financeiros. Em resposta, o ministro da Fazenda anunciou a criação de um sistema de controle que visa restringir o uso de cartões de crédito para apostas, além de um monitoramento dos CPFs dos apostadores para coibir abusos.
O governo federal está ciente da gravidade da situação e busca implementar medidas que possam mitigar os impactos negativos das apostas online na sociedade. As iniciativas visam proteger os cidadãos de práticas prejudiciais e promover uma maior segurança financeira, refletindo a necessidade de um enfoque sério e estruturado na regulamentação deste setor. A situação destaca a importância de abordar o vício em apostas com a mesma seriedade que outras questões de saúde pública.