Desde o início da imunização contra a dengue em fevereiro, o Brasil recebeu 4.792.411 vacinas, mas apenas 2.341.449 doses foram registradas como aplicadas no Sistema Único de Saúde (SUS), resultando em uma taxa de utilização de 48,88%. Isso deixa um saldo de 2.448.647 doses que não tiveram registro de aplicação. O diretor do Programa Nacional de Imunizações (PNI) destacou a importância da vacina como uma ação crucial de saúde pública, embora não deva ser vista como a única solução para o combate à doença.
Ao longo de mais de sete meses, 1.819.923 crianças e adolescentes entre 10 e 14 anos receberam as duas doses necessárias, enquanto 521.497 apenas a primeira. A recomendação é que a segunda dose seja aplicada três meses após a primeira. No entanto, o diretor do PNI observou um déficit de pessoas que não retornaram para completar o esquema vacinal, enfatizando que parte delas ainda não teve tempo suficiente para isso, mas outras já deveriam ter voltado.
O governo também enfrenta desafios relacionados à disponibilidade e ao custo da vacina, que é considerada cara e limitada em acesso, especialmente em países em desenvolvimento. Apesar das recomendações da Organização Mundial da Saúde para a incorporação da vacina ao SUS, há críticas sobre a desconexão com a realidade brasileira. O ministério planeja ampliar a vacinação em 2025, com a aquisição de 9 milhões de doses para o próximo ano, e espera também a inclusão de uma vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan.