Uma faculdade em Campinas (SP) tem adotado uma prática inovadora ao importar cadáveres humanos congelados dos Estados Unidos, utilizando a técnica de preservação conhecida como ‘fresh frozen’. Esse método é utilizado para aulas práticas de harmonização facial, permitindo que os alunos aprendam procedimentos estéticos com uma fidelidade maior em relação a corpos vivos, uma vez que não são utilizados produtos químicos que alterem as características naturais dos cadáveres. A legislação brasileira permite a doação de corpos para fins científicos, mas a baixa adesão levou algumas instituições a buscar essas importações.
As cabeças congeladas, que são adquiridas mediante autorização dos doadores, passam por um rigoroso controle e são armazenadas em freezers na instituição. Após um período de uso, que depende do estado de deterioração, as peças são enviadas de volta aos Estados Unidos. A professora responsável pelas aulas enfatiza a importância dessa abordagem para proporcionar um ambiente seguro onde os alunos podem errar e aprender antes de aplicarem as técnicas em pacientes vivos.
A prática não apenas visa o aprendizado técnico, mas também considera o aspecto psicológico dos alunos, que recebem preparação para lidar com a manipulação de cadáveres. Para respeitar as peças, a instituição adota rituais que não têm cunho religioso, e a proibição de celulares durante as aulas ajuda a evitar qualquer abuso de imagens, garantindo um ambiente de respeito e ética no ensino.