Dezesseis trabalhadores foram resgatados em condições análogas à escravidão em um navio de uma empresa estrangeira ancorado na Baía de Todos-os-Santos, em Salvador. A operação, realizada entre os dias 23 e 27 de setembro, contou com a participação de auditores-fiscais do trabalho da Superintendência Regional do Trabalho da Bahia e da Marinha do Brasil. Os trabalhadores, que realizavam serviços de lavagem e pintura, enfrentaram condições precárias de alojamento e alimentação, sendo alojados em espaços inadequados e expostos a intempéries.
Durante a inspeção, constatou-se que os trabalhadores não tinham um local apropriado para descanso e higiene pessoal. As refeições eram feitas no convés do navio, sem a mínima privacidade e conforto, e a jornada de trabalho chegava a 14 horas diárias. A falta de condições dignas refletiu um desrespeito às normas trabalhistas, levando a uma ação conjunta das autoridades para garantir a proteção dos direitos dos trabalhadores.
Após o resgate, os trabalhadores foram removidos do navio e alojados em um espaço adequado enquanto aguardavam o pagamento das verbas salariais devidas. Parte dos pagamentos foi realizada em 24 de setembro, e os últimos trabalhadores retornaram para suas cidades de origem em 25 de setembro. Os requerimentos de seguro-desemprego foram formalizados nos dias seguintes, evidenciando a necessidade de monitoramento contínuo das condições de trabalho a bordo de embarcações estrangeiras no Brasil.