O governo israelense, liderado pelo premiê, inicialmente considerou a proposta de um cessar-fogo temporário de 21 dias entre Israel e Hezbollah, sugerida por Estados Unidos e França. Contudo, essa ideia foi abandonada diante da pressão de ministros da ala mais radical do governo, que ameaçaram deixar a coalizão caso a trégua fosse aceita. Os ministros enfatizaram a necessidade de continuar os ataques, alegando que um cessar-fogo permitiria ao Hezbollah recuperar sua capacidade militar.
Além disso, a campanha militar israelense visa eliminar a capacidade do Hezbollah de atacar a população do Norte de Israel, que já enfrenta consequências significativas, incluindo o deslocamento de mais de 60 mil pessoas devido aos recentes bombardeios. O premiê, ao se dirigir à Assembleia Geral da ONU, reafirmou seu compromisso em manter os ataques até que os objetivos de segurança sejam alcançados, desconsiderando as propostas diplomáticas de cessar-fogo.
A situação se complica com a falta de consenso entre os líderes israelenses e as pressões externas que sustentam a ideia de uma trégua. Embora a proposta franco-americana tenha recebido apoio de várias nações e instituições internacionais, a recusa do governo israelense em interromper os ataques reflete as divisões políticas internas e a necessidade de responder à ala radical de seu governo, semelhante a episódios anteriores de negociações com grupos na região.