As taxas dos DIs com vencimentos a partir de janeiro de 2026 encerraram a segunda-feira (30) em alta, marcando o terceiro dia consecutivo de aumento, impulsionadas pelo avanço dos rendimentos dos Treasuries nos Estados Unidos. O presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, indicou a possibilidade de mais dois cortes de 25 pontos-base nos juros americanos ainda este ano, uma perspectiva que afetou as taxas futuras no Brasil, especialmente as de curto prazo, que permanecem estáveis em relação às expectativas de aumento da Selic.
Durante a sessão, as taxas brasileiras inicialmente oscilaram em baixa, mas logo se recuperaram, atingindo picos conforme investidores aguardavam as declarações de Powell. Após seu discurso, que reforçou a expectativa de cortes nas taxas de juros, as taxas dos DIs subiram, com a taxa para janeiro de 2026 alcançando 12,35%. As preocupações em torno da inflação e do equilíbrio fiscal no Brasil também continuaram a influenciar os negócios, especialmente após o anúncio da Aneel sobre a elevação da bandeira tarifária para vermelha patamar 2.
No campo fiscal, o relatório Focus indicou que a mediana das projeções para o resultado primário em 2024 e 2025 aponta para déficits, e as previsões de inflação superam o centro da meta do Banco Central. Os economistas ajustaram suas expectativas, alinhando-se à curva de juros brasileira, que indica a probabilidade crescente de aumentos na taxa Selic. Ao final do dia, os rendimentos dos Treasuries continuaram em alta, refletindo a tendência global de ajuste nas taxas de juros.