Durante uma audiência da Guarda Costeira dos EUA, foi revelado que o casco do submarino Titan, que implodiu durante uma expedição ao Titanic, apresentava sérias imperfeições, como rugas, porosidade e delaminação. As falhas eram visíveis desde 2018 e estavam ligadas ao processo de fabricação da fibra de carbono utilizada no casco. O engenheiro Don Kramer, do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes, destacou que um evento acústico anômalo foi registrado em um mergulho anterior, o que sugere que o submarino já enfrentava problemas antes da tragédia.
O ex-diretor de operações da empresa responsável pelo submarino, em comunicações anteriores, havia expressado preocupações sobre a integridade estrutural do Titan, enfatizando que o casco não havia sido adequadamente testado para as profundidades que se propunha a alcançar. O submarino foi projetado para mergulhar a cerca de 3.350 metros, mas havia sido testado apenas até 1.300 metros. Além disso, materiais do interior do veículo apresentavam riscos adicionais, como a liberação de gases tóxicos quando expostos ao fogo.
O relatório final da Guarda Costeira, que será divulgado após as audiências, deverá conter recomendações para garantir a segurança em futuras expedições subaquáticas. A tragédia do Titan, que resultou na morte de cinco pessoas, levanta questões sobre os padrões de segurança e as práticas de testes em tecnologias de exploração submarina. A situação evidencia a necessidade urgente de reavaliar as normas de segurança em operações que envolvem riscos extremos.