O Supremo Tribunal Federal (STF) solicitou explicações da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) sobre o acesso não autorizado ao X, antigo Twitter, que ocorreu após quase 20 dias de bloqueio determinado pela Corte. Usuários relataram que conseguiram acessar a plataforma a partir de seus celulares, e a Associação Brasileira de Provedores de Internet e Telecomunicações (Abrint) indicou que a empresa utilizou IPs dinâmicos através da Cloudflare para contornar a ordem judicial.
A Anatel reafirmou que a fiscalização continua e que não houve alteração na decisão do STF. O ministro responsável, que está avaliando a situação, deverá expedir uma nova decisão contra o X por violar a ordem de bloqueio. Informações técnicas sobre o uso de IPs dinâmicos são aguardadas pela Corte para determinar o grau de violação e possíveis sanções, sem afetar outras empresas que utilizam a mesma infraestrutura.
A Abrint expressou preocupações sobre as dificuldades de bloquear a Cloudflare, uma vez que isso poderia impactar diversos serviços essenciais que dependem da mesma tecnologia. A associação pediu cautela aos provedores de internet regionais, evitando ações individuais de bloqueio até que orientações oficiais sejam fornecidas pela Anatel. A rede social permanece bloqueada no Brasil, em parte devido à não nomeação de representantes legais no país e ao descumprimento de outras determinações judiciais.