O setor elétrico tem sido tradicionalmente considerado uma opção sólida para investidores que buscam dividendos, devido à sua estabilidade e previsibilidade nas receitas. Contudo, especialistas indicam que atualmente os bancos têm superado as elétricas nesse quesito. A análise realizada pela Meu Dividendo mostrou que o retorno com dividendos das empresas do setor variou de 5% em 2022 para 5,56% em 2024, mas a valorização das ações limitou esse crescimento, evidenciando que ações mais caras exigem maiores distribuições para manter um dividend yield elevado.
Apesar das dificuldades, analistas como Rafael Ratto ainda recomendam a inclusão de ações elétricas em carteiras focadas em renda passiva. O cenário de mudança no setor, com a unificação do sistema elétrico nacional prevista para 2026, deverá intensificar a concorrência, permitindo que os consumidores escolham seus fornecedores de energia. Isso poderá alterar a dinâmica do mercado, tornando a escolha de investimentos mais complexa.
Dentro do setor, as empresas de transmissão são vistas como as mais seguras, dada a sua previsibilidade em receitas e um histórico sólido de pagamento de dividendos. Em contraste, as geradoras enfrentam um cenário desafiador, especialmente devido a condições climáticas que afetam a capacidade de geração de energia. Para os investidores, compreender o contexto atual e os projetos das empresas é essencial para tomar decisões informadas sobre a inclusão de ações elétricas em suas carteiras.