A seca severa que atinge o estado do Amazonas em 2024 já impactou 747.642 pessoas, de acordo com dados da Defesa Civil. O número de famílias afetadas chegou a 186 mil, superando o total de 2023, quando cerca de 633 mil pessoas foram atingidas pela estiagem. As calhas dos rios estão em situação crítica, com destaque para o Rio Negro em Manaus, que está a menos de um metro de alcançar o nível de seca recorde do ano anterior. Essa crise hídrica tem gerado consequências diretas na rotina da população, como o fechamento de praias e a dificuldade de navegação nas embarcações.
Cidades como Tabatinga, Coari e Parintins enfrentam níveis alarmantes nos rios, com o Rio Solimões e o Rio Amazonas medindo respectivamente -2,19 metros e -1,95 metro. Em Itacoatiara, um porto flutuante foi instalado para facilitar o transporte de mercadorias, enquanto em Humaitá, o Rio Madeira também apresenta níveis críticos, atingindo 8,08 metros. A situação se agrava à medida que as condições climáticas continuam desfavoráveis, levando todo o estado a declarar estado de emergência.
Em resposta à crise, o governo implementou ações de assistência humanitária, incluindo a distribuição de 1,9 mil toneladas de alimentos e a instalação de purificadores de água em áreas afetadas. Foram enviadas toneladas de medicamentos e insumos para os municípios mais impactados, além de cilindros de oxigênio para algumas localidades. Essas medidas visam amenizar os efeitos da seca e garantir o acesso à água potável e à saúde da população atingida.