No último dia 24 de setembro, imagens de satélite do Copernicus Sentinel-2 mostraram a drástica redução do Lago Tefé, localizado na região do Médio Solimões, Amazonas. Essa situação é uma consequência da severa seca que atinge a Amazônia brasileira, com níveis de água historicamente baixos, conforme indicado pela Defesa Civil Municipal. O lago, que normalmente chega a 5 metros de profundidade, apresenta agora uma cota inferior a 1 metro, evidenciando a gravidade da crise hídrica.
O Copernicus alertou que a seca não afeta apenas o Brasil, mas também países vizinhos como Bolívia e Colômbia, resultando em uma crise ambiental que impacta severamente a vegetação e a vida das comunidades locais. Dados históricos mostram que a situação hídrica tem se agravado desde 1988, com a maior seca anterior registrada em 2015, que, embora severa, não se comparava à atual, que afeta uma área muito maior e em escala mais intensa.
A crise ambiental já impactou mais de 560 mil pessoas no estado do Amazonas, levando à dificuldade de acesso a insumos e ao aumento dos preços dos produtos. Todas as cidades do estado foram declaradas em estado de emergência devido à seca severa e às queimadas, afetando especialmente comunidades indígenas e ribeirinhas, que enfrentam o risco de isolamento e outras consequências sociais e econômicas.