A seca em Manaus tem revelado a crescente poluição nos igarapés da cidade, evidenciada pelo acúmulo de lixo e pela formação de espuma branca, resultante da contaminação das águas. Atualmente, o Rio Negro apresenta um nível alarmante de 13,92 metros, quase dois metros abaixo da marca histórica, levando à situação de emergência e ao fechamento da praia da Ponta Negra para banho. A preocupação com o estado dos igarapés é compartilhada por moradores e especialistas, que associam o problema à falta de saneamento básico e ao lançamento de produtos poluentes na região.
A ativista ambiental Eulália Vasques critica a prática de canalização e instalação de tubulação nos igarapés como uma solução inadequada, que não resolve a questão do saneamento e compromete a qualidade de vida da população. Além disso, a combinação do baixo nível das águas e o acúmulo de lixo afeta o ecossistema local, impactando a fauna e a flora, e gerando problemas que persistem durante todo o ciclo de decomposição dos resíduos.
Em resposta ao cenário crítico, a Secretaria Municipal de Limpeza Urbana tem intensificado a coleta de resíduos, utilizando máquinas pesadas e botes para mitigar o problema. Contudo, dados do Instituto Trata Brasil indicam que Manaus ocupa a terceira pior posição no país em termos de saneamento, refletindo a necessidade urgente de soluções eficazes para tratar a questão da poluição e promover um ambiente saudável para os moradores e o meio ambiente.