A cidade de Benjamin Constant, localizada na região do Alto Solimões, enfrenta uma das piores estiagens das últimas décadas, afetando severamente o abastecimento de itens essenciais como combustível, gás e alimentos. Segundo informações da administração municipal, a seca está resultando em uma escassez de água potável, com a Companhia de Saneamento do Amazonas implementando um regime de racionamento que pode deixar algumas áreas sem abastecimento por até 12 horas diárias. Este cenário crítico está agravando a situação de saúde pública, já que muitas unidades de saúde operam em horários reduzidos devido à falta de energia.
Além disso, a escassez de água tratada tem forçado a população a recorrer a fontes impróprias para consumo, aumentando o risco de contaminações e doenças respiratórias e parasitárias. A prefeitura de Benjamin Constant informou que o rio que abastece a região está secando rapidamente, dificultando a passagem de pequenas embarcações e colocando em risco o fornecimento de combustível e insumos essenciais. O prefeito da cidade enfatizou a necessidade urgente de ajuda dos governos estadual e federal para evitar um colapso total.
O problema da seca é parte de uma crise ambiental mais ampla que afeta todo o estado do Amazonas, com mais de 560 mil pessoas impactadas. Todos os municípios da região já declararam situação de emergência, e a previsão é que a seca deste ano seja ainda mais severa do que a de 2023. Em resposta à crise, o governo estadual está tomando medidas emergenciais, como a distribuição de água e alimentos para comunidades rurais afetadas pela estiagem.