Os presidentes da República, do Senado e da Câmara dos Deputados se reuniram para discutir a crescente crise dos incêndios florestais no Brasil, a qual eles consideram de origem criminosa. Durante o encontro, foi abordada a possibilidade de aumentar as penas para crimes ambientais, destacando a discrepância nas punições atuais para incêndios florestais em comparação a incêndios comuns. O governo já anunciou um investimento significativo para combater os incêndios, enquanto especialistas alertam sobre os riscos à saúde decorrentes da fumaça.
Os líderes concordaram que há indícios de coordenação nos incêndios e expressaram a necessidade de uma abordagem mais rigorosa contra organizações criminosas envolvidas nessas atividades. O presidente do Senado enfatizou a importância de um debate equilibrado sobre a legislação existente, sem cair em populismos, embora reconheça a necessidade de avaliar possíveis melhorias nas leis que regem os crimes contra a fauna e a flora. O presidente da Câmara manifestou a disposição de avançar com medidas legislativas, desde que bem explicadas, para evitar reações adversas.
O presidente do Supremo Tribunal Federal propôs uma mobilização nacional de juízes para priorizar inquéritos relacionados a infrações ambientais. A medida visa acelerar a tramitação de ações civis e criminais e inclui recomendações para operações de busca e apreensão, além de prisões preventivas. Ele também sugeriu que as Defesas Civis estaduais gerenciem multas em ações coletivas, visando uma resposta mais efetiva à grave situação atual.