Um estudo recente publicado no New England Journal of Medicine sugere que a finerenona, um medicamento originalmente aprovado para doença renal crônica associada ao diabetes tipo 2, pode diminuir o risco de agravamento da insuficiência cardíaca e morte cardiovascular em pacientes com insuficiência cardíaca com fração de ejeção levemente reduzida ou preservada. O estudo, que envolveu mais de 6.000 pacientes em 37 países, revelou que a finerenona levou a uma redução significativa tanto na incidência de eventos de insuficiência cardíaca quanto na mortalidade cardiovascular em comparação com o placebo.
O professor Scott Solomon, um dos principais investigadores do estudo, destaca que, embora a insuficiência cardíaca com fração de ejeção reduzida tenha recebido atenção significativa nos últimos anos, a insuficiência cardíaca com fração de ejeção levemente reduzida ou preservada ainda carece de opções terapêuticas eficazes. A finerenona, vendida sob as marcas Kerendia e Firialta, mostra-se como uma potencial nova terapia para esses pacientes, oferecendo um avanço importante em um campo com opções limitadas.
No entanto, a finerenona pode elevar os níveis de potássio no sangue, um efeito colateral conhecido dos antagonistas do receptor de mineralocorticoide. Embora a maioria dos pacientes não tenha enfrentado problemas graves relacionados a isso, é um aspecto que deve ser monitorado. Especialistas, incluindo a cardiologista Michelle Bloom, esperam que o FDA considere a expansão do uso da finerenona para insuficiência cardíaca, mas ressaltam a necessidade de mais dados independentes e uma inclusão mais ampla de diversos grupos populacionais em futuros estudos.