O Reino Unido deu um passo significativo em suas metas climáticas ao encerrar a operação de sua última usina de carvão, localizada perto de Nottingham. Este evento simboliza o fim de uma era de 140 anos, durante os quais o carvão foi uma das principais fontes de energia do país. Desde 2012, a queima de carvão representava quase 40% da energia gerada, mas com a implementação de um plano de transição energética iniciado em 2015, as fontes renováveis cresceram de apenas 7% em 2010 para mais de 50% em 2024.
A mudança na matriz energética britânica é considerada uma das principais responsáveis pela redução das emissões de gases do efeito estufa, que caíram pela metade desde 1990. Especialistas em mudanças climáticas destacam que o carvão, sendo o combustível fóssil mais poluente, teve um papel crucial na Revolução Industrial e na expansão do Império Britânico. O encerramento das usinas de carvão não apenas demonstra a viabilidade de uma transição energética rápida, mas também representa um compromisso do país em lidar com as questões climáticas.
Este encerramento é um marco que reforça a ambição do Reino Unido de atingir a neutralidade em emissões de gases do efeito estufa nos próximos 25 anos, alinhando-se às diretrizes globais de sustentabilidade. A transição energética do país serve como um exemplo para outras nações, provando que a eliminação de fontes de energia poluentes é possível em um curto espaço de tempo, com o uso de tecnologias mais limpas e eficientes.