O Reino Unido concluiu a operação de sua última usina de carvão, um marco significativo em sua trajetória rumo a metas climáticas ambiciosas, que incluem a neutralização das emissões de gases de efeito estufa nos próximos 25 anos. Este fechamento simboliza o fim de uma era para o país que, há 140 anos, iniciou a era do carvão como fonte de energia. A última usina, situada próxima a Nottingham, encerrou suas atividades após uma transição planejada que começou em 2015, quando a queima de carvão representava quase 40% da matriz energética britânica.
A mudança na matriz energética do Reino Unido foi notável, com fontes renováveis passando de apenas 7% da energia gerada em 2010 para mais de 50% em 2024. Este avanço foi crucial para a redução das emissões de gases de efeito estufa, que diminuíram pela metade desde 1990, segundo dados do governo britânico. O especialista em mudanças climáticas, Simon Evans, destacou a importância dessa transição, ressaltando que o carvão é o combustível fóssil mais poluente e uma das principais fontes de energia em muitos países até hoje.
O fechamento da última usina de carvão não apenas representa uma mudança na abordagem energética do Reino Unido, mas também serve como um exemplo simbólico de que é possível eliminar fontes de energia altamente poluentes em um curto período. Esta decisão reflete um compromisso com a sustentabilidade e uma nova era em que as soluções tecnológicas e renováveis se tornam prioridade, reafirmando a capacidade do Reino Unido de liderar esforços globais em prol do clima.