Em 2024, o mercado de capitais enfrenta um desempenho abaixo das expectativas, levando diversas companhias listadas a adotarem programas de recompra de ações como uma estratégia para valorizar o capital dos acionistas. Nos primeiros oito meses do ano, foram anunciados 53 programas de recompra, um aumento de 51% em comparação ao total de 35 programas do ano anterior. Essa tendência reflete a busca das empresas por maneiras de demonstrar confiança na valorização de suas ações em um cenário de preços baixos.
Dentre as empresas que implementaram essas recompras, destacam-se setores variados, incluindo o de alimentos, papel e celulose, e o de administração de shoppings. As recompensas proporcionadas por meio da recompra de ações podem incluir o cancelamento de papéis, o que reduz a quantidade em circulação e potencialmente aumenta o valor por ação. Essa prática é vista como um sinal de que a gestão acredita que as ações estão subvalorizadas, o que pode estimular a demanda e, por conseguinte, elevar o preço das ações no mercado.
Além de valorizar os acionistas, as ações recompradas podem ser empregadas em programas de remuneração para executivos e funcionários, alinhando incentivos aos resultados das empresas. Essa abordagem não só reforça a estratégia de valorização das ações, mas também pode contribuir para a retenção de talentos, oferecendo um plano de incentivo atrativo em um contexto econômico desafiador.