As propostas dos candidatos à prefeitura de Goiânia para mobilidade urbana são criticadas por carecerem de embasamento técnico e científico, ignorando elementos essenciais como a pesquisa de origem e destino. Apesar da existência do Plano Municipal de Mobilidade, que orienta as diretrizes de trânsito e transporte, as promessas eleitorais parecem desconectadas das necessidades reais da população. O foco predominante no transporte individual e em soluções imediatistas, como ampliação de vias e viadutos, perpetua os problemas de congestionamento e torna difícil a implementação de soluções sustentáveis a longo prazo.
Propostas como a tarifa de R$ 1 para o transporte coletivo e a liberação de faixas de ônibus para motociclistas geram polêmica, levantando questões sobre a viabilidade financeira e a integração metropolitana necessária para a gestão do transporte. Os candidatos têm apresentado planos que não consideram a necessidade de um sistema de transporte coletivo robusto e eficiente, com o agravante de que muitas ideias carecem de estudos que validem sua implementação e impacto.
Além disso, a mobilidade ativa, que inclui o uso de bicicletas e caminhadas, não é priorizada nas propostas, mesmo que Goiânia tenha potencial para sua expansão. A segurança no trânsito também é uma preocupação crescente, com um número elevado de acidentes. Medidas como a instalação de semáforos inteligentes e campanhas educativas são apresentadas, mas não abordam as mudanças necessárias no transporte coletivo e nas alternativas de mobilidade sustentável, essencial para melhorar a qualidade de vida na cidade.