O Banco Central (BC) divulgou suas projeções de curto prazo, que apontam uma inflação brasileira de 1,42% entre setembro e dezembro, superando os 1,03% registrados de maio a agosto. Segundo o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro, a expectativa é de que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) atinja 0,57% em setembro, seguido de 0,36% em outubro, 0,04% em novembro e 0,44% em dezembro. No acumulado em 12 meses, a inflação deve atingir 4,56% em setembro, subindo para 4,69% em outubro e diminuindo para 4,43% em novembro e 4,31% em dezembro.
O BC destaca que a inflação mensal será impactada principalmente pela variação positiva nos preços de alimentação no domicílio, que sofreram queda significativa no trimestre anterior. A autoridade monetária prevê que fatores sazonais desfavoráveis e possíveis restrições de oferta devido ao clima seco pressionarão os preços dos alimentos. Além disso, a inflação dos serviços deve acelerar, especialmente em função do aumento das passagens aéreas, refletindo uma continuidade nas pressões sobre os serviços subjacentes.
Outros fatores que contribuirão para a inflação incluem o aumento do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre o cigarro, a depreciação cambial e a alta nos preços ao produtor, impactando os bens industriais. Nos preços administrados, a gasolina deve apresentar variação moderada, influenciada pela queda nos preços do petróleo internacionalmente, enquanto a energia elétrica pode enfrentar pressões de alta.