A crise no mercado imobiliário da China continua sem sinais de recuperação, de acordo com Haibin Zhu, economista chefe do JPMorgan para o país. Em uma entrevista à CNBC, Zhu afirmou que não há perspectivas de estabilização dos preços das casas antes de 2025, mesmo após a série de estímulos e medidas de apoio do governo. Em julho, o preço médio das casas novas aumentou apenas 0,11% em 100 cidades chinesas, enquanto os preços das casas de revenda caíram 0,71% em relação ao mês anterior.
O mercado imobiliário da China está em um estado crítico, com os preços das casas novas e usadas caindo 1,76% e 6,89% em relação ao ano anterior, respectivamente. A Bloomberg relatou que a China está considerando um plano para reduzir os custos de empréstimos, permitindo o refinanciamento de até US$ 5,4 trilhões em hipotecas. No entanto, analistas são céticos quanto à eficácia dessa medida para estimular o mercado e o sentimento dos compradores.
A proposta de refinanciamento de hipotecas é vista como insuficiente para reviver o mercado imobiliário, beneficiando mais os proprietários existentes do que estimulando a demanda por novas casas. Winnie Wu, estrategista-chefe de ações da China no BofA Securities, e Zhu destacam que o corte de juros e outras medidas atuais não são suficientes para criar um ciclo positivo, sendo necessária uma abordagem mais robusta para enfrentar a crise persistente.