Os preços internacionais do café e do açúcar atingiram novas máximas nesta quinta-feira, impulsionados pela severa estiagem que afeta o Brasil, o maior produtor global de ambas as commodities. As previsões meteorológicas continuam indicando condições secas, e o país enfrenta uma das piores secas já registradas. Como resultado, incêndios têm atingido áreas agrícolas, impactando negativamente a produção de açúcar e café arábica, que se encontra em uma fase crítica de floração.
Analistas destacam que, embora haja expectativa de chuvas em meados ou no final de outubro, as condições para a produção agrícola no Brasil continuam sombrias. O aumento dos contratos futuros do café arábica, que chegaram a 2,735 dólares por libra-peso, e do açúcar bruto, que alcançou 23,71 centavos por libra-peso, reflete essa preocupação com a safra. A expectativa é de que o Brasil enfrente um dos mais longos períodos de entressafra, o que complicou as estratégias dos especuladores no mercado de açúcar.
Enquanto isso, no Vietnã, o maior produtor de café robusta, os preços locais caíram devido ao clima favorável antes da nova safra. No entanto, a produção pode ser impactada por adversidades climáticas ocorridas anteriormente no ano. Os futuros do café robusta também apresentaram alta, refletindo a tensão nos mercados e a oscilação nos preços entre os diferentes tipos de café, que normalmente se movem na mesma direção.