A Azul (AZUL4) ainda enfrenta dificuldades para se estabilizar no mercado, segundo análise da XP. A companhia lidou com um dilema de diluição, mesmo após um acordo extrajudicial, e suas opções de gestão de passivos podem resultar em uma diluição de capital de até 64%. Recentemente, a empresa liquidou parte do arrendamento de aeronaves com um instrumento conversível em ações, o que, embora tenha oferecido liquidez, também trouxe riscos significativos de diluição.
Desde meados de 2023, as ações da Azul têm enfrentado uma queda acentuada, impulsionada por fatores como câmbio e combustível. A análise indica que a conversão atual das ações pode causar uma diluição severa de 56% para os acionistas. Em meio a especulações sobre um possível aumento de capital e um pedido de recuperação judicial nos EUA, a companhia buscou tranquilizar investidores, afirmando que sua saúde financeira está intacta e que não planeja recuperação judicial.
Recentemente, as ações mostraram uma leve recuperação com a possibilidade de um novo acordo com arrendadores, que poderia limitar a diluição de capital a cerca de 20%. Essa renegociação potencial representa uma oportunidade de redução da dívida de R$ 1,8 bilhão, o que seria positivo para a companhia. Contudo, a XP mantém uma recomendação neutra, com um preço-alvo reduzido de R$ 30 para R$ 6,60, refletindo uma expectativa de desempenho mais fraco e altos níveis de alavancagem nos próximos anos.